Os transformadores com óleo isolante de origem vegetal possuem uma série de diferenciais que os tornam altamente viáveis do ponto de vista econômico, operacional e ecológico.

Devido às características que lhe conferem uma alta estabilidade térmica, o óleo vegetal é mais durável que o de origem mineral e suporta elevações de temperatura sem comprometer suas propriedades isolantes. Dessa forma, o produto mantém sua eficiência por mais tempo, o que, segundo alguns estudos, eleva o tempo de vida útil do transformador em até cinco vezes em comparação aos equipamentos convencionais e também reduz os gastos com manutenção e as interrupções no fornecimento de energia. Além disso, por possuir um ponto de combustão muito acima dos óleos convencionais, o produto é mais seguro e reduz riscos de incêndio em subestações.

No entanto, mesmo com essas vantagens do ponto de vista técnico e operacional, o grande diferencial dos transformadores com óleo vegetal é o seu forte apelo ecológico a começar pela origem do fluído isolante.

Diferente do líquido convencional, derivado do petróleo, o óleo vegetal é produzido a partir de ésteres naturais, extraídos de fontes renováveis, e seguem uma tendência mundial de preocupação com o meio ambiente. A utilização deste óleo contribui para reduzir o refino de petróleo, que é um processo com altos índices de emissão de CO2, principal causador do efeito estufa.

Derivado de produtos agrícolas e sintetizado a partir de uma base orgânica, o óleo vegetal é biodegradável e, em caso de acidente, reduz significativamente os riscos de contaminação do solo, cursos de água e lençóis freáticos. Caso ocorra algum vazamento, em contato com a natureza o produto desaparece naturalmente em poucos dias.

A destinação do óleo vegetal também é bem mais simples. Após esgotar seu período de vida útil, o óleo vegetal pode ser recuperado ou em alguns casos, transformado em biodiesel, diferentemente do óleo mineral cuja destinação final é bem mais cara e complexa.