Certificação Inmetro Lâmpadas LED

Certificação Inmetro Lâmpadas LED

7 de fevereiro, 2017

O que você deve saber sobre a Norma do Inmetro para lâmpadas LED.

Com a crise energética e a saídas das incandescentes, comprar lâmpada ficou mais confuso para muita gente. São tantas opções e tantas marcas que surgiram que, atraído pelo preço, levam o consumidor a se enganar com a escolha de um produto e ainda, ficar com uma péssima impressão do LED. Para garantir que todos os benefícios da tecnologia sejam aproveitados, o governo publicou a portaria 144 em março para certificar a qualidade das lâmpadas LED. Apesar da norma ser bem técnica e de já ter sofrido algumas prorrogações nos prazos para adequação, destacamos algumas coisas sobre o processo da certificação que você deve saber:

 

Quais modelos serão certificados?

Só as lâmpadas LED com driver integrado estão previstas na norma. Isso inclui todos os modelos que não precisam de reator ou fonte externa, como as que imitam as incandescentes (A60), tubulares, PAR, AR 111, GU 10, etc. Os modelos que não passarem nos testes do Inmetro não irão receber seu certificado de produto conforme e, consequentemente, não serão liberados para serem trazidos (importados).

Aquelas coloridas (RGB) e as decorativas, como as fitas de LED, não estão certificadas neste regulamento, o que significa que elas podem ser comercializadas, mas não terão a obrigatoriedade de terem sua qualidade atestada.

Como será a lâmpada depois da certificação?

Após a certificação, a lâmpada LED ganhará na embalagem o selo ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia). Ele é diferente das lâmpadas fluorescentes e não terá a escala de A a E de eficiência.

A ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) comprova que um modelo passou pelo processo, segue o padrão do PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem) e será obrigatória nas embalagens. O selo deve informar potência (W), fluxo luminoso (lm), eficiência luminosa (lm/W) e um número que identifica o registro de certificação junto ao selo da OCP (Organismo de Certificação de Produto), que realizou a certificação.

A lâmpada LED também deverá apresentar a equivalência com relação à fluorescente, além da comparação com a incandescente que já existe na embalagem.

Modelo de etiqueta ENCE que será obrigatório nas lâmpadas LED certificadas.

Como o Inmetro sabe que uma lâmpada LED dura 13 anos?

Uma dúvida muito comum é se as lâmpadas LED podem durar as 25 mil horas que prometem. Os laboratórios realizam um estudo que mostra a manutenção mínima de fluxo luminoso, ou seja, o quanto o LED mantém a capacidade de iluminar ao longo das horas de uso.

O Inmetro definiu dois métodos para avaliação da durabilidade das lâmpadas: o primeiro consiste no fornecedor apresentar o relatório de vida do chip do led utilizado na produção da lâmpada. A partir desse relatório, o laboratório que está realizando os ensaios avalia o produto por 3 mil horas e sua luminosidade deve ser de, no mínimo, 95,8%. Isso significa que pode perder até 4,2% de tudo o que iluminou na medição inicial.

Caso o fornecedor não apresente o relatório de análise do chip do led, aplica-se o segundo método: os ensaios seguem até 6 mil horas e a manutenção da luminosidade mínima deve ser de 91,8% da medição inicial.

A partir daí, é feito um gráfico com a curva da depreciação da lâmpada LED, que mostra que quando chegar as 25 mil horas, a luminosidade não pode ser menor que 70%. Além do teste dos produtos finalizados, os componentes internos (chips e capacitor) serão avaliados individualmente.

Lâmpada LED mantém sua luminosidade a um bom nível até as 25 mil horas de durabilidade.

  1. Se o LED evolui rápido, como a norma se manterá eficaz?

Existem dois pontos importantes para responder a isso: um é que as portarias podem ser atualizadas (a própria portaria 143 é um complemento da portaria 389 e os regulamentos das lâmpadas fluorescentes compactas foram atualizadas várias vezes) e outro é que o Inmetro aplica uma metodologia de avaliação de qualquer produto que busca manter um custo-benefício, com equilíbrio entre o grau de confiança e o custo para sociedade.

  1. A norma não padronizará as potências das marcas.

A certificação LED avaliará a eficiência dos produtos analisados, mas não obrigará o mercado a seguir um padrão de potência. Como cada fornecedor trabalha com um produto diferente, pode ser que uma lâmpada de 9,5W de potência seja mais eficiente que uma de 12W. Por isso, conferir o fluxo luminoso e a eficiência luminosa é muito importante.

 

Referência: Golden Blog

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